O difícil arranque do elearning em Portugal (parte II)

No seguimento de um “post” anterior ...

[http://sapientus.blogspot.com/2006/12/quando-surgiu-o-conceito-de-e-eleaning.html]...


Nesta “postagem” vamo-nos debruçar com mais detalhe nalgumas das razões alencadas, que na nossa opinião tornaram muito lento o desenvolvimento do elearning em Portugal.

O elearning em Portugal foi inicialmente estudado e divulgado pelos meios universitários, com especial incidência nas áreas ligadas ao Ensino e Pedagogia. Dessa forma o elearning padeceu de alguns dos maiores problemas associadas às correntes dominantes nas universidades portuguesas e escolas superiores de educação, ou seja, foi encarado como mais um objecto de estudo, mais um bom assunto para se desenvolverem inúmeras experiências pedagógicas, projectos de duração limitada e de impacto nulo, teses de mestrado ou de doutoramento.



A ligação ao meio envolvente e empresarial foi praticamente residual, e para a os políticos e decisores empresariais, o elearning foi visto como mais uma excentricidade, quando não uma tonteria, de uns quantos professores universitários da linha do “eduquês”. A corrente dominante defendia o elearning como uma forma de estudar quando o aluno quisesse, sem limitações de tempo, de forma completamente autónoma, sem avaliação. A forma de acesso seria através de páginas HTML simples num site. Isso pressupunha uma radical alteração de mentalidades e de hábitos não só dos formandos, como de tutores (meros conceptores de conteúdos).

Naturalmente que o formando ou o aluno médio português não estava (nem estará) preparado para um tão radical mudança, e naturalmente que os projectos de elearning fracassaram rotundamente vítimas do experimentalismo e do radicalismo iniciais.


Elmano