A telemedicina pode ser quase considerada um “Ovo de Colombo”, ao permitir oferecer serviços de saúde de qualidade melhor ou superior aos serviços médicos tradicionais (presenciais). O avanço das tecnologias e a dessiminação da banda larga está a melhorar substancialmente as formas de contacto entre os profissionais de saúde e os utentes/clientes, ou seja o efeito distância é mitigado e o conforto para o utente/cliente é bastante grande (evitando penosas esperas e deslocações). Ou seja aplica-se a máxima “Mova-se a informação, não o doente”. Acresce o facto, de apesar de algum esforço inicial de investimento, a poupança em custos de exploração (deslocações, rentabilização do tempo dos intervenientes, redução dos internamentos, etc.), permite baixar sensivelmente os custos globais de prestação de serviços de saúde.
Não deixa de ter um aspecto surpreendente que seja o país mais rico do mundo (tanto em termos de riqueza por habitante como no Índice de Desenvolvimento Humano), a Noruega, a afirmar-se como o país mais avançado na adopção da telemedicina. Sendo um país com uma costa muito recortada, de grande extensão territorial, e com povoamento disperso, resolveu o problema da subida acentuada de custos de saúde, oferecendo uma prestação de cuidados de saúde com custos moderados, sem quebras no acesso e na qualidade dos cidadãos através da adopção generalizada da telemedicina. Ora se um país sem restrições orçamentais, adopta a telemedicina como uma prática generalizada, é um óptimo exemplo a seguir.