O que se tem passado no nosso país, na telemedicina, e em particular no domínio das teleconsultas de especialidade, é que terminados os fundos comunitários ou os apoios estatais, os projectos terminam abruptamente.
Por vezes ficam uns "papers" científicos e muita amargura de não ter sido possível ter-lhe dado continuidade, dadas as vantagens observadas.
No entanto, penso que esta situação se deve a vários factores, entre os quais os mais comuns são:
- Falta de divulgação e partilha do conhecimento por toda a organização;
- Incapacidade de implementar o processo na organização como uma rotina;
- Falta de uma avaliação de viabilidade financeira envolvendo todas as partes (Centros de Saúde e Hospitais) e
- Falta de uma visão agregadora em detrimento de uma gestão financista, local e por unidade de saúde.
Conheço um caso já antigo que a seu tempo vivenciei-o de muito perto.
Aqui vos apresento bem documentado. Ele é paradigmático do que acabo de referir.
Ora vejam então este vídeo cedido pela Textimédia e emitido no programa "2010", na RTP, em finais de 2002.
Trata-se de um projecto de teleneurologia, de ligação entre o Hospital de Santa Maria em Lisboa e cinco centros de saúde, situados na zona metropolitana da cidade.
A tecnologia utilizada era muito simples. Baseava-se fundamentalmente no netmeeting, usando webcams e equipamento de digitalização de peliculas, para envio de exames radiológicos.
Por isso nem sequer estamos a falar de custos muito elevados e de muito difícil rentabilização...
Ora vejam então este filme e comentem...
(Não se esqueçam de desligar antes o som do Blog)
Alberto Miguel