O difícil arranque do e-learning em Portugal (V)

No seguimento de “posts” anteriores : O difícil arranque do e-learning em Portugal (IV) O difícil arranque do e-learning em Portugal (III) O difícil arranque do E-learning em Portugal (parte II) O difícil arranque do E-learning em Portugal (parte I) Por último vamos apresentar outras duas causas para a dessiminação lenta do elearning em Portugal: - A Situação educacional da população activa; - Formação fortíssimamente financiada por fundos comunitários; Relativamente à primeira, decorre do facto de os níveis de formações e educação da população portuguesa serem bastante abaixo da media dos seus parceiros da União Europeia. A sua evolução tem sido infelizmente lenta, logo as condições, em meados dos anos 90 quando o elearning começou a sua massificação, eram mais difícieis em Portugal, comparado com os seus principais parceiros. Quanto mais baixo é o nível de formação de uma população, menos os indivíduos tem apetência para melhorarem os seus níveis formativos, mais difícil é a assimilação de conhecimentos, e as dificuldades para a adopção de novas formas de formação baseadas em tecnologia são francamente maiores. Logo esta foi uma forte restrição de base para o crescimento do elearning. A 2ª causa decorreu da situação do mercado de formação profissional em Portugal nos anos 90. Uma esmagadora percentagem do volume de formação realizada no país foi feita com base em fundos comunitários, muitas vezes com financiamentos a 100% do total das despesas. Não sendo a formação em elearning passível de apoios dos programas de formação da altura, obviamente que os agentes envolvidos (formandos, empresas, entidades públicas, entidades formadoras, formadores), não tinham qualquer espécie de incentivo racional para adoptarem o elearning enquanto novo formato de formação. Houve aqui uma evidente falha de políticas públicas para a formação. Desta forma acabamos esta nossa reflexão sobre as principais causas para o difícil arranque do elearning em Portugal. Obviamente e seguramente existiram outras, provavelemente os leitores não concordam com algumas delas. Sendo fulcral o desenvolvimento do elearning em Portugal, quisemos saber porque é que ainda hoje tem uma expressão tão diminuta, e num estado de grande atraso face grande maioria dos países da OCDE. Por isso fomos às raízes desse atraso, com esperança que alguns dos constrangimentos sejam removidos. Elmano