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O difícil arranque do elearning em Portugal (III)
No seguimento de “posts” anteriores :
O dificil arranque do E-learning em Portugal (parte II)
O difícil arranque do E-learning em Portugal (parte I)
Outro factor que contribuiu para a lenta disseminação do elearning em Portugal foi sem dúvida a baixa taxa de crescimento da penetração de Internet. Após um início prometedor em meados dos anos 90, quando surgiram vários operadores nacionais (Telepac, Esotérica, etc), rapidamente fomos deslizando do meio da tabela para posições inferiores, face aos nossos congéneres da OCDE. Foram várias as causas, mas não nos cabe aqui na Sapiência detalhá-los. O que constatamos é que com um taxa de crescimento baixa da penetração da Internet, nem as pessoas, nem as empresas, nem o Estado, poderiam adoptar de forma consistente o elearning como uma formato de formação importante.
Também a iliteracia tecnológica de grande parte da população portuguesa dificultou bastante a adopção do elearning, . Sem um à vontade na operação de computadores e da Internet, nem formandos, nem formadores, nem empresários nem decisores, tinham conhecimentos ou apetência para desenvolverem formação profissional suportada justamente em tecnologia. Portanto, mesmo nos casos onde existiam infra-estruturas tecnológicas (hardware) não houve por parte dos utilizadores conhecimentos e interesse para o desenvolvimento do elearning (software).
Ao nível das Empresas, este formato de formação também teve pouco desenvolvimento. Se hoje as empresas nacionais são pouco apetrechadas tecnologicamente, nos anos 90, esta realidade era ainda pior. Falta de ligações rápidas à Internet, de PC’s, de LAN’s, etc, conduziram a uma impraticabilidade “física” do elearning.
Os outros factores referenciados no primeiro artigo “O difícil arranque do elearning em Portugal” serão detalhados em próximos posts. Obviamente que esta não é uma lista fechada, teremos todo o gosto em comentar este ou outros, que os leitores acharem por bem enumerar.
Elmano