Telemedicina em Portugal (parte I)

Em Portugal são diversos os domínios da aplicabilidade de diversas soluções de telemedicina. Destes destacamos como os mais relevantes os seguintes:

- Diagnóstico e referenciação do doente;
- Teleconsulta de especialidade;
- Conferência médica – “second opinion”;
- Formação e informação dos profissionais de saúde;
- Home Care;
- Telemonitorização e acompanhamento;
- Informação de saúde e aconselhamento;
- Formação e informação de utentes em todos os domínios da saúde.

No entanto, nas suas aplicações sempre foram encontrados diversos obstáculos que em nossa opinião não são de forma alguma barreiras intransponíveis, mas antes desafios de organização, motivação e de mudança, que nem sempre são fáceis de vencer.

Destes obstáculos destacamos os seguintes como sendo os mais problemáticos:

- Questões ético-legais;
- Falta de incentivos aos profissionais para a adopção destas novas práticas;
- Resistência à mudança;
- Impedimentos diversos na organização e envolvimento de recursos;
- Falta de investimento orientado para processos sustentados de mudança, em vez de projectos avulsos.

Por outro lado, na maior parte dos casos de reconhecido sucesso, foram observados e evidenciados muitos benefícios, dos quais os mais importantes são:

- Melhoria na acessibilidade aos serviços de saúde diferenciados;
- Descongestionamento das urgências Hospitalares;
- Redução de custos e melhoria na qualidade dos serviços prestados;
- Quebra do isolamento dos médicos de família com informação e formação médicas associada;
- Redução das deslocações do utente e consequentes incomodidades.


Ainda que cada vez mais aparecem prestadores privados de saúde, o orçamento e custos deste sector é predominante público. Se os benefícios são assim tão evidentes, pergunta-se porque é que ainda não se fez uma forte aposta e consequente investimento na Telemedicina e no e-health em Portugal?

Em breve voltaremos as este assunto... entretanto comentem por favor...

Alberto Miguel