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O difícil arranque do e-learning em Portugal (IV)
No seguimento de “posts” anteriores :
O difícil arranque do e-learning em Portugal (III)
O difícil arranque do E-learning em Portugal (parte II)
O difícil arranque do E-learning em Portugal (parte I)
Consideramos que o corporativismo universitário foi também uma razão importante para a lenta implementação do e-learning. Numa atitude de defesa corporativa dos saberes e das suas pequenas parcelas de poder e influência dos seus docentes, a Universidade Portuguesa em geral, empurrou as novas formas emergentes de ensino a distância suportadas na internet para o capítulo das curiosidades, e nos estabeleciementos onde existiam, para os departamentos ligados à formação de professores ou de psicologia.
Noutros países da Europa e dos EUA, as Universidades avançaram rapidamente para uma oferta de e-learning bastante vasta, e a partir de sensivelmente 1995 as universidades mais conceituadas começaram a oferecer mestrados, pós-graduações e uma panóplia de outra formação em e-learning. A esse nível a oferta das universidades portuguesas continua extremamente incipiente, comparado com os vários países da OCDE. E muita falta faz que o saber e as competências residentes nas nossas Universidades seja partilhado pelos novos formatos de formação proporcionados pelo e-learning.
Num país como o nosso, tradicionalmente avesso às novidades, seria de esperar que o e-learning causasse algumas resistências naturais à sua implementação. Contudo, verificou-se que no meio da formação profissional, houve uma exagerada resistência à mudança dos formandos e dos formadores. A primeira reacção por parte dos destinatários da formação, foi bastante retrógada, e logo à partida diminuíu bastante o mercado potencial para o e-learning. Quanto aos formadores, o e-learning representava um enorme desafio e uma profunda alteração da sua forma de actuação e de métodos de formação. E infelizmente , como muitas vezes acontece, o boicote foi generalizado, de forma a manter o status quo.
Elmano