O tema da Sustentabilidade Empresarial é um conceito relativamente novo na literatura económica e na Gestão das organizações. Embora fosse um conceito latente, pois uma organização sempre procurou, através das melhores técnicas de gestão, perpetuar a sua existência, e naturalmente, que seguindo políticas de lucro imediato e de curto prazo, mais cedo ou mais tarde iria pagar a factura. Nos anos 90, toda a gestão enformava do paradigma da maximixação do valor accionista, tou court. Era natural que os QCA’s replicassem esta visão, em quase todas as suas vertentes (apoio ao investimento, formação de gestores, etc.).
Quando o paradigma da Gestão Sustentável entrou em força no léxico da Economia, e na prática dos agentes económicos (por exemplo com a publicação de Relatórios de Sustentabilidade, ou a criação de índices bolsistas específicos), o 3º QCA, não teve flexibilidade para adaptar-se, o que é compreensível, pois são programas que envolvem árduas negociações em Bruxelas e inter-ministérios.
Apenas o programa comunitário EQUAL tratou de dinamizar alguns projectos nesta área, mas de um forma um pouco tímida, e focada apenas na Responsabilidade Social das Organizações, e não na Sustentabilidade Empresarial na sua globalidade. As medidas preconizadas que poderiam reforçar a Sustentabilidade Empresarial, estavam dispersas por vários programas e medidas, perdendo-se o efeito de conjunto. Ao nível da formação de Gestores e quadros, a oferta e o incentivo foram quase residuais.
Em próximo artigo faremos a análise mais detalhada ao QREN, tendo em vista uma generalização de práticas empresariais sustentáveis.
Elmano