Os maus exemplos de não sustentabilidade podem aparecer onde menos se espera, ou como diz o ditado popular "no melhor pano cai a nódoa".
Os stackeholders devem estar sempre em permanente vigilância e escrutinarem detalhadamente as políticas de Corporate Governance e de Gestão Sustentável. O caso que vos apresentamos a seguir vem corroborar este facto.
Na credível e respeitável Suiça, onde se encontram um dos sistemas financeiros mais admirados do mundo (Crédit Suisse, UBS, etc.), com empresas tão respeitáveis e sólidas como a Nestlé e Roche, com baixíssimos níveis de criminalidade e de alto nível de vida, aconteceu em 2001 um dos mais graves e escandalosos casos de fraude, incompetência e insustentabilidade na gestão.
Estamos a falar da tristemente espetacular falência de uma companhia de bandeira e referência no mundo empresarial: a Swissair. Os "executivos" tinham sido administradores de grandes multinacionais helvéticas, mas durante a sua "gestão" na Swissair dedicaram-se à manipulação de contas, prevertendo o tradicional mito suíço da honestidade.
A sua má-fé foi corroborada pelo seu enriquecimento rápido e pelas indemnizações altíssimas a que se auto-atribuíram. Deixaram como herança: 11 mil milhões de euros em dívidas, o desaparecimento de 4 mil milhões de euros em fundos públicos, milhares de pequenos investidores com as suas poupanças delapidadas, dezenas de milhares de pessoas no desemprego, e uma companhia de bandeira, com aviões em terra por falta de pagamento do combustível.
O julgamento destes senhores começou no início deste ano.
Elmano