Da LIDERANÇA ao TRABALHO

No post de hoje usei colagem de diversos textos de vários autores... ora leiam...
"Embora existam múltiplas definições para a liderança, é possível encontrar dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenómeno de grupo e, por outro, envolve um conjunto de influências interpessoais e recíprocas, exercidas num determinado contexto através de um processo de comunicação humana com vista à obtenção de determinados objectivos específicos. As funções de liderança incluem, portanto, todas as actividades de influenciação de pessoas, ou seja, que geram a motivação necessária para pôr em prática o propósito definido pela estratégia e estruturado nas funções executivas. Um aspecto importante neste conceito é a palavra influência em lugar de imposição. De facto, é possível impor determinadas acções a um subordinado quando se tem poder para tal. Contudo, é impossível impor a motivação com que cada um leva à prática essa mesma acção. É esta motivação que a liderança procura melhorar. Para um líder não é suficiente atingir os objectivos da organização; é necessário que as acções desenvolvidas pelos subordinados sejam executadas por sua livre vontade. Max De Pree, gestor da norte-americana Herman Miller Inc., faz uma outra abordagem da liderança, colocando a ênfase na liberdade dos subordinados e na serviciência dos líderes. Na verdade, este autor considera a liderança como a arte de “libertar as pessoas para fazerem o que se exige delas de maneira mais eficiente e humana possível”. Max De Pree considera ainda que a primeira responsabilidade de um líder é a definição da realidade e a última é agradecer; entre as duas deverá tornar-se um servidor da organização e dos seus membros - é o contraste entre os conceitos de propriedade e de dependência. Desta forma, a medida de uma boa liderança encontra-se nos seus seguidores: quando estes atingem o seu potencial, alcançam os resultados pretendidos e estão motivados, é sinal de uma boa liderança. Quase todos nós se pensarmos um pouco, lembramo-nos de amigos que dizem que estão insatisfeitos profissionalmente e que essa situação, se deve a que sentem que existe um grande distanciamento face às pessoas a quem reportam, ou que então, não sentem que sejam motivadas e valorizadas pelas mesmas. Num número significativo de organizações, o conceito de liderança está totalmente afastado e, aquilo que existe é um conceito de chefia e associado com este, um conceito de hierarquia. De facto, nesses casos, em vez de um líder cujos subordinados respeitam pelas suas capacidades técnicas e funcionais e pelas suas capacidades de relacionamento e liderança, encontramos um “chefe”, cujos subordinados respeitam essencialmente por questões hierárquicas e, infelizmente nalguns casos, por algum temor relativamente à própria pessoa. Temos de reconhecer que neste caso, será difícil ter colaboradores que demonstrem alegria no trabalho e consequentemente tenham elevados níveis de rendimento. Neste caso, é quase impossível encontrar um colaborador que diga que se está a “divertir” quando está a trabalhar. De facto, a palavra diversão pode parecer exagerada num contexto do mundo de trabalho mas, para nos sentirmos satisfeitos, nós temos de chegar ao final do dia de trabalho e poder dizer: hoje diverti-me a trabalhar. Só desta forma, poderemos continuar a encarar o trabalho como algo que nos dá prazer e não como algo que é uma obrigação e que mais não é, do que a forma que temos de ganhar dinheiro e consequentemente sobreviver."
Textos adaptados de Paulo Nunes e Nuno Fraga.
Para os que não têm consciência do momento que vivem a trabalhar e se tal correspondeu à tal diversão que se fala, é importante realçar que existe três características que poderão estar presentes e que essas sim podem ser observáveis e que são:
1- A perda da noção do tempo;
2- A perda da noção do espaço ou
3- Ambas as situações.
Mesmo que por instantes, tal foi o momento em que o trabalho o hipnotisou e o divertiu...
Aberto Miguel