No seguimento do post anterior : O QREN e o e-Learning - Balanço de 3º QCA
O QREN prevê uma profunda remodelação dos apoios comunitários. Cientes da pouca reprodutibilidade dos fundos investidos na área da formação profissional nos anteriores quadros comunitários, foi decidido politicamente uma alteração estratégica.
Os próximos fundos vão ser canalizados preferencialmente para a formação associada à dupla certificação: profissional e escolar. Dessa forma a grande aposta vai ser a formação associada aos Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências e aos EFA – Ensino e Formação de adultos. São estas as traves-mestras do Programa Novas Oportunidades, já aqui referenciado em Novas Oportunidades - RVCC.
Os apoios também vão privilegiar a formação dirigidas às PME’s, nomeadamente a que seja iniciativa das próprias empresas. O anterior modelo, em que entidades formadoras concorriam em concurso, apresentando depois a sua oferta formativa extensiva a colaboradores activos ou inactivos, vai ser gradualmente abandonado.
Todo este enquadramento vai ter óbvias implicações na formação em e-Learning, na sua expansão ou regressão. Neste momento tudo está ainda muito indefinido, não se perspectivando, para já, nenhuma discriminação positiva para o e-Learning, a exemplo do que foi feito na última fase do PRIME. Este facto, afigura-se-nos como bastante preocupante, por várias razões, já debatidas por nós em vários artigos aqui na Sapiência (ver e-learning). Esperemos que a definição dos programas operacionais, nos traga mais informação e certezas sobre esta matéria. Quando tivermos essa informação voltaremos então a debater, já com mais certezas.
Elmano